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Os Sindicatos

31-07-2018

Por mais que mudem as relações de trabalho e as condições de existência de um povo ou uma nação, o atendimento das necessidades humanas será sempre resultado da luta coletiva. E foi a partir das necessidades mais imediatas dos trabalhadores (as) e as suas lutas contra a fome, a doença e contra a exploração do seu trabalho que nasceram os Sindicatos.

Foi assim na Inglaterra, no contexto de superexploração dos operários pelos patrões. Surgiu a necessidade de os trabalhadores se defenderem das desgastantes jornadas de trabalho, do trabalho infantil e do trabalho insalubre para as mulheres.

Também veio a necessidade de se defender do abuso dos patrões. No Brasil não foi diferente. A existência do Sindicato está ligada à necessidade de assegurar direitos. Para isso, a organização no espaço do Sindicato necessita de pessoas que se coloquem à disposição do coletivo, que estabeleçam o elo entre a base e a direção.

A existência dos Sindicatos e Centrais Classistas, de massa e de luta, proporcionou ao Brasil o surgimento de referencias trabalhistas. Algumas delas são a Negociação Coletiva, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e os direitos das mulheres.

Também proporcionou experiências de governos democráticos e populares como opção viável de desenvolvimento local com justiça e distribuição de renda.

Vimos recentemente o ataque orquestrado pela direita mundial e local e pelo capitalismo aos direitos conquistados pelos trabalhadores nos últimos 100 anos, através de um golpe juridico-parlamentar-midiático e empresarial no Brasil em 2016.Essa situação reforça ainda mais a existência dos Sindicatos. São eles, os Sindicatos, espaços privilegiados de resistência, bastando que sejam dirigidos de forma a representar os interesses coletivos.

Sob quaisquer condições de existência, os Sindicatos continuarão a ser as grandes referencias de confrontação do capitalismo em sua ânsia de exploração dos trabalhadores para assegurar maiores margens de lucro dos patrões.

O desafio, hoje, é manter vivas as experiências do sindicalismo combativo de modo a preparar as novas gerações para as disputas necessárias que visem a um projeto alternativo de sociedade. Devemos nos unir na luta para nos mantermos vivos e na luta por uma sociedade em que a maioria possa ter acesso aos bens produzidos social e culturalmente, em função do "bem viver", respeitando os limites da nossa "mãe natureza" que é a nossa "casa comum".


Por Gilmar Soares Ferreira
Dirigente Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Publico de Mato Grosso (Sintep-MT)

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