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11/07/2025 - 10h24
Artigo: Revogação da escala de trabalho 6x1 e taxação dos super ricos: um passo no caminho da justiça social e tributária
Por Mauricio Mulinari, economista, mestre em Serviço Social e assessor sindical
O Brasil é uma nação marcada pelo peso da gritante desigualdade social. Em um país rico, de enorme população e gigantesco território, não nos faltam riquezas naturais e desenvolvimento industrial. Entretanto, poucos são os beneficiados dessa riqueza nacional, grandes empresários bilionários que acumulam fortunas tendo o apoio decisivo do Estado por meio de gigantescos subsídios fiscais e financeiros. De outra parte, a maioria da população, os trabalhadores verdadeiros produtores da riqueza, sistematicamente têm negado o mínimo direito à dignidade. Enfrentam salários baixos, jornadas de trabalho abusivas, desrespeito sistemático aos seus direitos trabalhistas e sociais e uma enorme taxa tributária sobre seus pequenos rendimentos – tanto no imposto de renda quanto no imposto sobre o consumo. Nesse cenário de ampla desigualdade social, duas medidas estão na pauta e se tornam cruciais para dar um primeiro passo para virar esse jogo: a revogação da escala de trabalho 6x1 e a taxação dos super-ricos. Ambas são iniciativas sensatas e urgentes, capazes de diminuir a desigualdade social, impulsionar a economia através da maior capacidade de consumo nacional e, em última instância, melhorar significativamente a qualidade de vida do povo brasileiro.
A escala de trabalho 6x1 é um dos produtos da atual legislação trabalhista amplamente precarizada, que sacrifica o bem-estar do trabalhador em nome do lucro. Com apenas um dia de folga, a exaustão física e mental se torna rotina, minando a saúde, a produtividade e a capacidade do indivíduo de ter uma vida plena. O trabalhador exaurido não tem tempo para lazer, para se dedicar à família, para estudar ou para cuidar de sua saúde, o que resulta em um ciclo vicioso de adoecimento e empobrecimento. Em um mundo em que a produtividade do trabalho tem crescido brutalmente por conta do avanço da tecnologia, países desenvolvidos têm implementado medidas de redução da jornada de trabalho, o oposto do que defende a atrasada elite brasileira. Ou seja, redução da jornada de trabalho sem redução de salários não é apenas uma questão de dignidade, mas também de inteligência econômica.
Paralelamente, a taxação dos super ricos é um imperativo econômico para corrigir as distorções de um sistema tributário que, desde o período colonial, favorece os mais abastados e deixa o enorme peso dos impostos sobre os ombros dos trabalhadores mais pobres e da classe média. É inaceitável que, enquanto milhões sofrem com a precarização e a falta de acesso a serviços básicos, uma minoria ínfima acumule patrimônios bilionários sem a devida contribuição social. A tributação de grandes fortunas, heranças e lucros e dividendos representa uma forma direta e eficaz de redistribuir a riqueza, financiar políticas públicas essenciais em saúde, educação e infraestrutura, e, assim, garantir a melhoria da vida da população. O dinheiro arrecadado, quando investido na base da pirâmide, aumenta o poder de compra da população, aquece o consumo e gera mais empregos, dinamizando a economia real e construindo um país economicamente mais forte e menos dependente do mercado externo.
Em suma, a revogação da escala 6x1 e a taxação dos super ricos são passos fundamentais para diminuir a desigualdade social e tributária que é marca do Brasil. São medidas que reconhecem o fundamento da sociedade no trabalho humano e a necessidade de uma melhor distribuição da riqueza produzida. É tempo de lutar e acumular força social em defesa dessas medidas, em busca de uma nação voltada para o povo que a constrói e não apenas para uma pequena elite que vive de explorar os trabalhadores e assaltar o orçamento público do Estado em seu favor.

30/06/2025 - 17h43
Atenção, associados: novo convênio!
O Sindicato dos Comerciários de Joaçaba e Região informa que acabou de fechar mais uma parceria com a Clínica Sul Saúde.
Agora, associados e dependentes que utilizarem o convênio garantem desconto de 50% nas consultas, o que representa um valor máximo de R$ 100,00 por consulta.

19/06/2025 - 11h47
Artigo: O Rei do Ovo e os trabalhadores
Por Francisco Alano, presidente da FECESC
No dia de ontem, 17 de junho de 2025, fomos surpreendidos com entrevista de Ricardo Faria , publicada pelo jornal Folha de São Paulo, em que afirma, entre outras coisas, “que contratar no Brasil é um desastre porque as pessoas estão viciadas no Bolsa Família”.
Segundo ele, a holding Global Egss, de sua propriedade, com sede em Luxemburgo, produz cerca de 13 bilhões de ovos por ano, através das empresas Granja Faria (Brasil), Hevo Group (Espanha) e a recém adquirida Hillandale Farms (Estados Unidos).
Declarou que compra uma empresa por mês e financia candidaturas consideradas liberais como Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Kim Kataguiri (União Brasil- SP) e Martel Van Hattem (Novo RS).
Afirmou que paga aos trabalhadores da sua empresa nos Estados Unidos, para embalar ovos, US$ 20 (R$ 110,00) por hora. Dá US$ 1.100 (R$ 6.050,00) por semana e US$ 5.000 (R$ 26.000,00) por mês. Oitenta por cento dos negócios da empresa é fora do Brasil e sua RESIDÊNCIA FISCAL é no Uruguai. E por fim reclamou que a Carga Tributária no Brasil é alta, as taxas de juros elevadas e há forte burocracia em cima das empresas.
As reações contra a entrevista de Ricardo Farias foram imediatas e contundentes:
Dados publicados nas redes sociais: a Granja Faria paga para um operador de produção um salário médio de R$ 1.670,00 ou R$ 48,00 líquido por dia, para fazer o manejo de aves, coleta de ovos e limpar o local, exigindo ainda disponibilidade para morar na granja e vivência no ramo de avicultura. O influenciador Felipe Neto comentou nas redes sociais que além de ser um salário miserável, inferior à média nacional para a mesma função, ele ainda quer que a pessoa abandone a própria família, vá viver numa granja e passe o dia todo coletando ovos e manuseando galinhas para receber em média R$ 1.670,00 mensal.
Os problemas nas empresas de Ricardo Faria não se restringem à baixa remuneração. Segundo O Globo, ele foi alvo, em 2023, de inquérito do Ministério Público do Trabalho do Piauí, por irregularidades nos contratos de trabalho, suposta ausência de pagamento de salários e benefícios. Constam ao menos outros 17 processos trabalhistas no Tribunal Regional do Trabalho do Estado.
Nas ações os autores apontam irregularidades em rescisão de contrato de trabalho, pagamento de horas extras, pagamento de verbas rescisórias, remuneração e pagamento de indenizações e benefícios. Um dos autores pede indenização por danos morais e assédio moral.
Além disso Faria é alvo de processos trabalhistas em outros estados, especialmente em Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná e Maranhão.
Este mercenário, mais conhecido pela síndrome de Vira Lata, paga quase vinte vezes mais para um trabalhador americano em relação a um trabalhador brasileiro e reclama que os trabalhadores brasileiros estão viciados no Bolsa Família. Sabemos que o problema não é falta de mão de obra tampouco o Bolsa Família, mas sim o que a empresa se propõe a pagar aos trabalhadores.
Ao declarar que a sua RESIDÊNCIA FISCAL é no Uruguai, a sede da sua empresa é em Luxemburgo e 80% da produção de ovos está fora do Brasil, demonstra bem o compromisso do mesmo com o nosso País. Boa parte da sua movimentação financeira e dos seus negócios parece que estão em paraísos fiscais, certamente para se beneficiar de isenção de impostos e sonegação fiscal.
O empresário estreou em 2024, na lista da Revista Forbes, na 21ª posição, com um patrimônio de 17,45 bilhões de reais.
Esse cara é bilionário. Se ele reduzisse em alguns milhões a sua distribuição de lucro anual, poderia aumentar consideravelmente o salário de todas essas pessoas e ainda ofereceria uma vida digna para todos eles.
Somente a indignação e união de todos os brasileiros poderá mudar este quadro de exploração dos trabalhadores.

17/06/2025 - 11h09
Atenção, trabalhadores em Serviços Contábeis
Trabalhador(a), confira aqui algumas informações que são do seu interesse.
Nós, do Sindicato dos Comerciários de Joaçaba e Região, acabamos de firmar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos empregados em Contabilidade, para o período de 2025/2026, com os seguintes reajustes:
- Conforme Cláusula 3ª inciso I, o Salário Normativo da categoria teve o reajuste negociado e ficou em R$ 2.200,00;
- Conforme Cláusula 3ª § 1º o Salário Normativo para os primeiros 120 dias teve o reajuste negociado e ficou em R$ 1.935,00;
- Conforme Cláusula 3ª §2º o Salário Normativo para Serviços Gerais e Office Boy teve o reajuste negociado e ficou em R$ 1.992,00;
- Conforme Cláusula 4ª, um reajuste de 6,32% deverá ser aplicado a todos os trabalhadores que percebem acima do Salário Normativo;
- Conforme Cláusula 13ª, a Quebra de Caixa será no valor de R$ 440,00;
- Conforme Cláusula 16ª, o Auxilio Creche será no valor de R$ 216,00;
- Conforme cláusula 5ª, as diferenças de salários e consectários oriundas da aplicação retroativa desta convenção a 1º de Maio de 2025 deverão ser quitadas integralmente em uma única vez pelas empresas na folha de pagamento de salários do mês de Junho de 2025.
Em caso de dúvidas, procure-nos!

28/05/2025 - 14h07
Comunicado: Whatsapp clonado!
O Sindicato dos Empregados no Comércio de Joaçaba comunica a todos que nosso número do Whatsapp foi clonado e está sendo utilizado para o envio de mensagens, em nome do sindicato, solicitando diversas informações.
Desta forma, precisamos desativar esta forma de contato com os trabalhadores, temporariamente, e pedimos a todos que ignorem mensagens em nosso nome pedindo por seus dados pessoais.
Lamentamos o ocorrido e esperamos, em breve, a normalização de mais este serviço.
A Direção

13/05/2025 - 11h00
Chamada para Assembleia
Trabalhadores, participem de nossa Assembleia, que será realizada no próximo dia 16 de maio, sexta-feira, às 19h30, na sede do Sindicato, rua Frei Rogerio, 525, Centro de Joaçaba.
Os assuntos abordados, todos de seu interesse, são:
Reajuste Salarial 2025/2026
Comércio Varejista, Farmácias, Concessionarias, Cooperativas, Comércio Atacadista e Copérdia
- Aumento Normativo
- Aumento Quebra de Caixa
- Trabalho aos Domingos e Feriados
- Alteração da Lei Trabalhista
- Assuntos Gerais